segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Instantes proibidos

Entrei no ônibus e meu primeiro reflexo me fez ver os tipos de pessoas que ocupavam aqueles bancos , tive uma rápida percepção do perfil comportamental das pessoas daquele onibus , sem um grande número de pessoas devido o horário.Umas fazendo uma leitura concentrada,outras olhando o movimento da rua , mas foi notório e me chamou a atenção o número de jovens que havia no automóvel.
Eu me constrangi , embora fosse segura de mim mesmo e passando no meu olhar distraído que não me importava com as opniões alheias. Mas não contive minha insegurança e acabei ficando embaraçado com os olhares fixos pra mim.Foi quando senti ardor no meu rosto , e senti que ele se avermelhava. Pra mim naquele momento se tivesse uma poça d’água no qual eu pudesse lançar meu rosto, assim o faria .
Os jovens que ali estavam , ainda olhando fixo pra mim , talvez me achando diferente deles, colocavam a mão sobre o rosto dando risadas baixinhas , mas cheias de sarcasmo , tentavam esconder o que estavam fazendo,porém queriam que eu percebesse.
Passei na catraca e me assentei , e fiquei dando voltas em meus pensamentos , tentando achar explicações para a reação daquelas pessoas . Foi quando em frações de segundo achei conveniente procurar em minhas vestimentas algo que pudesse ter causado aquele momento cômico .
Então num lapso de memória lembrei que havia esquecido de fechar o zíper da calça....

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Instantes proibidos

Á paisagem natural e rústica de uma praça, cercada de flores de cor lilás e árvores que refrescavam o ar, estava ela de rosto pálido,corpo definhado pela doença,mas que ainda não escondia sua beleza delicada e fina.
Estava á minha espera, com a mesma paciência de sempre, embora as horas apontassem meu pequeno atraso. Era de tarde, uma tardezinha fresca que contribuía para o encontro romântico, cheio de emoção.
Estávamos ás escondida, e era recíproco a preocupação que tínhamos em ser descobertos. Enfim cheguei,estava ela vestida de roupa leve que não disfarçava sua perceptível magreza, mas estava incrivelmente linda,e quem me dera a ver durante um dia todo. Mas estávamos com pressa, então com uma voz num tom audível mas baixo e meigo,ela disse:
-Temos temor do risco que corremos, mas eu me arriscaria novamente só pra sentir outra vez, o que sinto quando estou com você, eu ,embasbacado senão pela sua beleza ou talvez por aquelas palavras cheias de realismo e percepção,me entreguei com meu olhar e houve um profundo silencio,nos comunicávamos com nosso olhar.